Editorial

Escrever é desvendar as experiências em que se vai reconhecer e recriar, desvendar as palavras, organizar o pensamento para iluminar nossa compreensão da vida e de nossas posições no mundo. A escrita é uma bolsa de relíquias onde podemos entender a alma do ser humano, onde podemos nos libertar através de palavras.

Bolsa de relíquias é o significado da palavra que dá nome a este blog. ‘Nômina’ sintetiza o trabalho dos jovens escritores que têm aqui seus textos publicados.

Apresentamos-lhe vários trabalhos que vão de painéis de grandes escritores brasileiros, passando por resenhas sobre uma das maiores e mais polêmicas cantoras da atualidade, artigo sobre o filme onde o protagonista é obcecado pela escrita; relatório sobre o texto de Ângela Torres Lima; entrevista com um funcionário da Faculdade de Letras da UFMG sobre seu conhecimento literário; texto com o tema ‘o trabalho’; ensaio fotográfico do ambiente onde os alunos participam do curso de Letras; texto contando a experiência de cada integrante do grupo com a Oficina de língua portuguesa ministrada pela Professora Doutora Vênus Brasileira Couy até artigos sobre literatura, música, sobre a arte de escrever.

Esta bolsa está aberta, você perceberá muitas qualidades em diferenciados tipos de textos, trabalhos que de forma sutil buscaram expressar a arte de escrever. Esperamos que goste das nossas relíquias!

sábado, 23 de junho de 2012

Texto produzido a partir da Palestra de Ângela Torres Lima

Texto produzido a partir da Palestra Grafiteiros.
“Grafiteiros, a lata e o resto”, de Angela Torres Lima.

Contravenção

Os grafiteiros muito habilidosos, mas sempre mal vistos. Considerados a escória da sociedade.  Fazem arte que passa despercebida e desprezada, poucos percebem o valor dos desenhos ou escritos.  A questão vai além do vandalismo, é uma procura por reconhecimento, é a tentativa de se incluir em uma sociedade que sempre os excluiu. Eles são  produto dessa sociedade injusta, mas são diferentes, pois não se deram ao comodismo da aceitação dessa condição qual lhes foi imposta. Por isso buscam à atenção de todos espalhando sua arte, sua forma de expressão. Explorando os lugares mais altos onde possam ter o privilégio dos olhares de todo se assim conseguirem ter seu real  valor.
A lata para o grafiteiro é algo totalmente precioso, como se fosse uma parte essencial de seu corpo e quando a perdem são capazes de qualquer sacrifício para recuperarem.
Cada “gangue” tem sua escrita e assinatura, o que as diferencia. O mais interessante é o respeito mútuo pelo grafite de cada um, deixando assim a individualidade de cada grafiteiro.
Cada grafite com seu desenho e assinatura é parte de uma sociedade excluída que busca ser reconhecida por sua luta e arte nessa incessante busca por valorização.

GONTIJO, Thaís Et Al.(orgs). A escrita do analista. Belo Horizonte; Autêntica, 2003.
Por Thamires Mussolini

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