Editorial

Escrever é desvendar as experiências em que se vai reconhecer e recriar, desvendar as palavras, organizar o pensamento para iluminar nossa compreensão da vida e de nossas posições no mundo. A escrita é uma bolsa de relíquias onde podemos entender a alma do ser humano, onde podemos nos libertar através de palavras.

Bolsa de relíquias é o significado da palavra que dá nome a este blog. ‘Nômina’ sintetiza o trabalho dos jovens escritores que têm aqui seus textos publicados.

Apresentamos-lhe vários trabalhos que vão de painéis de grandes escritores brasileiros, passando por resenhas sobre uma das maiores e mais polêmicas cantoras da atualidade, artigo sobre o filme onde o protagonista é obcecado pela escrita; relatório sobre o texto de Ângela Torres Lima; entrevista com um funcionário da Faculdade de Letras da UFMG sobre seu conhecimento literário; texto com o tema ‘o trabalho’; ensaio fotográfico do ambiente onde os alunos participam do curso de Letras; texto contando a experiência de cada integrante do grupo com a Oficina de língua portuguesa ministrada pela Professora Doutora Vênus Brasileira Couy até artigos sobre literatura, música, sobre a arte de escrever.

Esta bolsa está aberta, você perceberá muitas qualidades em diferenciados tipos de textos, trabalhos que de forma sutil buscaram expressar a arte de escrever. Esperamos que goste das nossas relíquias!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Texto sobre a palestra: "Grafiteiros, a lata e o resto"

A Arte das Ruas

O grafite pode ser visto como, literalmente, como uma forma de arte. Ou como apenas sujeira. Masprecisa ser visto. Essa é sua essência. A entrega ao escrutínio público. A exposição gratuita de uma forma original de pensar e de enxergar o mundo.

Ângela Tôrres Lima nos mostra uma nova forma de interpretar os rabiscos e desenhos vistos nos muros e paredes de nossa cidade, não os associando a uma cultura marginal e valorizando-os como expressão cultural.

 Texto criado na aula sobre o livro de Ângela Torres Lima, “Grafiteiros, a lata e o resto”
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Dilema Barroco

o homem crucificado
nem Deus nem homem
espia de sua cruz
a fraqueza de seus semelhantes
a perfídia de seus semelhantes
o desprezo de seus semelhantes
quanto mais semelhantes
mais afastado da divina verdade
sacrifício em vão
se tuas palavras se perdem
no rumor das lamentações
mundana tua carne
eterno seu sofrimento

Texto escrito em 18/05/2012 -  apresentação dos grafites feitos pelos alunos.
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Por George Gualberto

Referência:
TÔRRES LIMA, Angela. Grafiteiros, a lata e o resto. In: GONTIJO, Thais et alii (orgs.). A escrita do analista. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. p. 21-4.

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