Editorial

Escrever é desvendar as experiências em que se vai reconhecer e recriar, desvendar as palavras, organizar o pensamento para iluminar nossa compreensão da vida e de nossas posições no mundo. A escrita é uma bolsa de relíquias onde podemos entender a alma do ser humano, onde podemos nos libertar através de palavras.

Bolsa de relíquias é o significado da palavra que dá nome a este blog. ‘Nômina’ sintetiza o trabalho dos jovens escritores que têm aqui seus textos publicados.

Apresentamos-lhe vários trabalhos que vão de painéis de grandes escritores brasileiros, passando por resenhas sobre uma das maiores e mais polêmicas cantoras da atualidade, artigo sobre o filme onde o protagonista é obcecado pela escrita; relatório sobre o texto de Ângela Torres Lima; entrevista com um funcionário da Faculdade de Letras da UFMG sobre seu conhecimento literário; texto com o tema ‘o trabalho’; ensaio fotográfico do ambiente onde os alunos participam do curso de Letras; texto contando a experiência de cada integrante do grupo com a Oficina de língua portuguesa ministrada pela Professora Doutora Vênus Brasileira Couy até artigos sobre literatura, música, sobre a arte de escrever.

Esta bolsa está aberta, você perceberá muitas qualidades em diferenciados tipos de textos, trabalhos que de forma sutil buscaram expressar a arte de escrever. Esperamos que goste das nossas relíquias!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Textos produzidos na Oficina: Thamires Mussoline

1° Texto
Produzido a partir da música : “Metáfora,” Gilberto Gil

Visão


O poeta faz a água virar vinho
Faz a casa virar ninho
Faz a lanterna virar sol
Faz de qualquer flor um girassol
Aah, se todos fossem poetas
Aah, se todos tivessem essa visão
O mundo seria mais interessante
Falta apenas um pouco de imaginação.


Referência: 
GIL, Gilberto. In: Um banda um. LP Elektra n.° BR 26036, 1982. L. 1, f.  3. ____________________________________________________________


2º Texto
Produzido a partir da música : “Altar Particular,” Maria Gadú.


Segundos


Você se foi e me deixou aqui
Não sei como continuar a existir
Não vejo graças na cores
A beleza não me agrada
Tudo foi levado de mim
Você me matou apenas com palavras
Os dias passam e pior eu fico
Cada segundo parece infinito
Você fez de mim caos
Sou metade saudade
Sou metade solidão
Nesse momento, sou um vazio
Você está em meu altar
Em meio a minha tristeza particular.

Referência:
GADÚ, Maria. Altar particular. In: _. Maria Gadú. Som livre, 2005.


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