Editorial

Escrever é desvendar as experiências em que se vai reconhecer e recriar, desvendar as palavras, organizar o pensamento para iluminar nossa compreensão da vida e de nossas posições no mundo. A escrita é uma bolsa de relíquias onde podemos entender a alma do ser humano, onde podemos nos libertar através de palavras.

Bolsa de relíquias é o significado da palavra que dá nome a este blog. ‘Nômina’ sintetiza o trabalho dos jovens escritores que têm aqui seus textos publicados.

Apresentamos-lhe vários trabalhos que vão de painéis de grandes escritores brasileiros, passando por resenhas sobre uma das maiores e mais polêmicas cantoras da atualidade, artigo sobre o filme onde o protagonista é obcecado pela escrita; relatório sobre o texto de Ângela Torres Lima; entrevista com um funcionário da Faculdade de Letras da UFMG sobre seu conhecimento literário; texto com o tema ‘o trabalho’; ensaio fotográfico do ambiente onde os alunos participam do curso de Letras; texto contando a experiência de cada integrante do grupo com a Oficina de língua portuguesa ministrada pela Professora Doutora Vênus Brasileira Couy até artigos sobre literatura, música, sobre a arte de escrever.

Esta bolsa está aberta, você perceberá muitas qualidades em diferenciados tipos de textos, trabalhos que de forma sutil buscaram expressar a arte de escrever. Esperamos que goste das nossas relíquias!

domingo, 10 de junho de 2012

Textos produzidos na Oficina: Leandro Mabillot

Texto 01:
Produção feita a partir do poema José, de Carlos Drummond de Andrade.                                     

Senti-me como o José

 Não tenho emprego,
não tenho sossego,
não tenho chamego
e não tenho ninguém.

As Tias não me aceitam,
meus filhos me rejeitam
e nada que vejo ali
encontro aqui.

Acordo do pesadelo
pego meu charuto
e procuro meu isqueiro.

Acho a minha esposa,
beijo aquela cosa
e volto a dormir.


Referência: 
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e Prosa. Poema “José”. p.89.
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Texto 02:
Produção feita a partir da música Rehab, interpretada por Amy  Winehouse.

A dupla matemática do amor

Eu + você = felicidade
Eu + cantando - você = focado
Eu + dormindo com você = plenitude
Eu + viagem a trabalho - você = saudade
Eu + retorno + você = sorriso do curinga
Eu + amigos + fofocas de traição = surpresa
Você – negação dos boatos + eu = tristeza
Você + a cama vazia = choro depressivo
Você – eu = vontade de me autodestruir
Você + encontro na rua comigo + passar direto = vida alcoólica
Você + eu sem conforto = internação
Você – eu + clínica = loucura

Referência:
 Documentário sobre Amy Winehouse, "I told you I was trouble". Londres, 2007. 46 min.


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