Editorial

Escrever é desvendar as experiências em que se vai reconhecer e recriar, desvendar as palavras, organizar o pensamento para iluminar nossa compreensão da vida e de nossas posições no mundo. A escrita é uma bolsa de relíquias onde podemos entender a alma do ser humano, onde podemos nos libertar através de palavras.

Bolsa de relíquias é o significado da palavra que dá nome a este blog. ‘Nômina’ sintetiza o trabalho dos jovens escritores que têm aqui seus textos publicados.

Apresentamos-lhe vários trabalhos que vão de painéis de grandes escritores brasileiros, passando por resenhas sobre uma das maiores e mais polêmicas cantoras da atualidade, artigo sobre o filme onde o protagonista é obcecado pela escrita; relatório sobre o texto de Ângela Torres Lima; entrevista com um funcionário da Faculdade de Letras da UFMG sobre seu conhecimento literário; texto com o tema ‘o trabalho’; ensaio fotográfico do ambiente onde os alunos participam do curso de Letras; texto contando a experiência de cada integrante do grupo com a Oficina de língua portuguesa ministrada pela Professora Doutora Vênus Brasileira Couy até artigos sobre literatura, música, sobre a arte de escrever.

Esta bolsa está aberta, você perceberá muitas qualidades em diferenciados tipos de textos, trabalhos que de forma sutil buscaram expressar a arte de escrever. Esperamos que goste das nossas relíquias!

sábado, 23 de junho de 2012

Textos produzidos na Oficina: George Gualberto


Texto 01 
Texto produzido a partir da leitura de "Escrever", da escitora Marguerite Duras.

Por que eu escrevo?

Escrevo porque preciso me expressar
Dizer o que penso
Ou mesmo devanear
Posso escrever qualquer coisa
O limite é o alfabeto
Posso ser quem eu quiser
Quando escrevo sou onipotente
Escrever é um ofício divino
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Texto 02
Produzido a partir dos poemas de Adélia Prado 

Vaidade de mineiro

Eu sou pura poesia
E ela em mim é tão evidente
Mas é preciso prospectá-la
Do pré-sal de minha alma
Tarefa difícil, porém prazerosa
Pra quem enxerga o mundo
Sempre com espanto
Com olhar de bandeirante, antropólogo,
Filósofo, psicanalista, naturalista,
Arquiteto, criador...
E como se ele, o mundo
Obra minha fosse
Meu delírio sinestésico
Faz da simples observação da vida
O ato supremo do fazer poético

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